sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Para Fer Feliz



Mateus, cap. 24 – v. 12, que diz-nos o seguinte:

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.”

E certa vez, duas amigas me puseram a refletir a cerca de uma resposta racional e contundente a respeito das catástrofes existentes no nosso planeta azul e pela falta de Fé delas no homem, já que eu insistia que é preciso olhar o lado bom das coisas, e não perder, NUNCA, a fé no homem. Pois bem, como sempre faço, recorri, após ter argumentado pouco com elas e ter ficado insatisfeita, resolvi recorrer aos amigos do evangelho de Jesus, ao meu espírito protetor e, enfim, a Deus nosso pai e ao Mestre Divino e Amado. Então me veio à mente não a resposta pronta e como eu sempre soube, me veio a vontade de ler e recordei deste livrinho lindo chamado: Evangelho e Doutrina, um acoplado de explicações à cerca do Evangelho de Jesus, esclarecimento e, sobretudo, uma visão de Amor, Fraternidade e comunhão, ou seja, uma visão Cristã do mundo... Segue o Trecho:

“Falando sobre o final dos tempos que assinala, periodicamente, a transição de um estado a outro na civilização, qual o instante que a humanidade atravessa, neste ocaso de milênio, Jesus nos adverte quanto à multiplicação da iniqüidade, provocando, em conseqüência, o arrefecimento do amor nos corações.

Diante da violência que grassa assustadora, da incredulidade que campeia em toda parte, da inversão de valores que se observa entre os homens, da corrupção e da criminalidade que desafiam as autoridades, do materialismo que inspira a sensualidade e do abuso das paixões, os frágeis na fé sentem-se vacilar, indagando de si mesmos se valerá perseverar no cultivo dos sentimentos nobres, resistindo ao assédio das tentações.

O Mestre, no entanto, é incisivo: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mateus, cap. 24 –v. 13).

Por que, indagamos, os exemplos negativos têm sobre nós efeito mais imediato do que os positivos?! Por que, quase sempre, nos deixamos contagiar pelo pessimismo com tanta facilidade?! Por que não nos miramos naqueles que estão oferecendo resistência pacífica ao mal, trabalhando pela vitória silenciosa do bem nas trincheiras em que foram estrategicamente colocados?!...

É que ainda trazemos dentro de nós maior identificação com o mal do que com o bem, devido à somatória de nossas imperfeições.

Esmagados pelo peso de nossas mazelas e sufocados pelas próprias iniqüidades – iniqüidades e mazelas que apenas recentemente começamos a combater, sentimo-nos no fragor de uma luta desigual, uma vez que ainda não temos a vontade suficientemente forte para lutar com a determinação que caracteriza os vencedores.

Vacilamos vezes sem conta.

Deixamo-nos influenciar negativamente com espantosa facilidade.

Acreditamos que o nosso esforço isolado não conseguirá reverter a situação.

Esquecemos que o nosso esforço humilde que se transforma no berço da floresta, do pequeno filete d’água que dá origem ao rio caudaloso, da pedra anônima convertida em alicerce de gigantesta construção...

Quando o Senhor começou a Boa-Nova, ele era sozinho...

Conhecendo as limitações dos companheiros que no momento supremo da Cruz o deixaram, perseverou na confiança em Deus e não desistiu de contar com os amigos na obra de redenção da humanidade.

Assim, embora o desencanto que às vezes nos toma conta da alma, em face aos problemas do mundo, perseveramos no cumprimento do dever “e não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos”, consoante as palavras de Paulo no capítulo 6, versículo 9, de sua Carta aos Gálatas.

Não permitamos que o pessimismo nos enregele o entusiasmo.

Que a chama da Fé que nos aquece o ideal jamais se debilite ao sopro frio da descrença, espalhando em toda parte as abençoadas fagulhas do amor...” (JOSÉ, Irmão. Sem Desfalecimento. In.: BACCELI. Antônio Carlos. Evangelho e Doutrina. p. 39-41, São Paulo: Didier, 1995.)

A única certeza que nos levará a alçar o vôo de filhos de Deus que somos é O Evangelho de Jesus. Mas somente quando soubermos usar a asa da Sabedoria aliada à asa do amor assim conseguiremos, de fato, voar rumo à Evolução...